RESUMO
Na fazenda Pantanal, vive Severiano Alvarez, um homem muito autoritário, e sua família. Cristina, sua filha, é uma jovem muito doce, querida por todos. Mas ela esconde um segredo. Cristina é completamente apaixonada por Diego, o capataz da fazenda, e está grávida dele. Ela acaba confessando sua história para o pai.
Severiano, enfurecido, ordena que Cristina vá para a cidade, para poder ter o bebê longe de todos os conhecidos. Estela, a empregada da fazenda, a acompanha na viagem.
Frederico Rivero, um fazendeiro decadente, se aproxima de Cristina e finge ajudá-la. Na verdade, ele quer se casar com ela para conseguir sua fortuna. Frederico consegue fazer com que a criança, Maria do Carmo volte à fazenda como filha de Estela. Para ficar perto da filha, Cristina se casa com Frederico e cria Maria do Carmo como afilhada. Frederico, para poder se apoderar do dinheiro, provoca um acidente, que deixa Cristina cega.
Os anos passam e Maria do Carmo se torna uma jovem bela e muito bem educada, com a ajuda de Cristina. José Maria, um peão da fazenda, sonha em se casar com ela, pois pensa que ela é a filha da empregada. Carlos Manuel, sobrinho de Frederico, chega à fazenda.
Maria do Carmo se apaixona por ele na primeira vez que o vê. Mas o rapaz se envolve com Débora, a amante de Frederico, que fica furioso com a situação e faz o possível para separar o casal, mas não consegue apagar o amor que sentem um pelo outro.
Quando essa novela passou no Brasil eu tinha meus dezesseis anos... Sempre que chegava a hora da novela chegava também a hora de tomar meu banho, porque eu estudava quase nesse horário. Enquanto eu me dirigia para o banheiro eu ia escutando a letra dessa música e arriscava acompanhá-la com minha voz não muito madura.
Passou o tempo e a letra da música fez com que insistisse em assistir a novela, esperei que ela fosse reprisada, consegui o que queria. Na verdade eu conseguira muito mais, eu vi como um amor se comporta e como o nosso deveria se comportar além das telas da TV.
Como esta no meu perfil desde o despertar da minha adolescência eu espero por um amor verdadeiro... Um que me prove ser real tudo aquilo que acredito, para que o meu amor, esse que professo dentro do meu coração não passe de uma mentira aos olhos alheios...O amor não pode ser uma mentira aos fieis que tentam, seria como jogar um copo d' água na fé dos cristãos. Como se viessem a acreditar que o menino Jesus que falou que ia de vir não visse e toda espera, movida de muito sofrimento, não fosse justa.
Não quero um amor infinito... Quero um amor intenso. Que subsista a prova, a luta, a dificuldade.. Afinal eu sou cristão... Eu também acredito num amor que deve soar a luz da nossa língua... Ainda que eu falasse a língua dos anjos e não tivesse a caridade meu amor não valeria a pena, eu preciso provar que sou capaz de sofrer e morrer por amor. Ainda que eu tivesse o dom de profecias, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse a caridade, nada disso me aproveitaria... Não foi assim que disse o apostolo Paulo aos coríntios?
Para ser amor você precisa colocar esse amor a prova, provar de vez que ele não é da terra, é do céu. E provar que somos merecedores por tê-lo alcançado. Deus amou o mundo de tal forma que deu seu único filho por amor de nós e o mundo amou mais as trevas do que a luz... E Deus ainda permanece fiel ainda que sejamos infiéis. Ainda que manchemos o nosso concerto ( amor eterno) todos os dias com as prevaricações dessa terra estranha as promessas que vem do céu.
Não é a toa que a caridade é sofredora, é benigna. Ela não é invejosa, não trata com leviandade não se ensoberbece. A caridade não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal... Não folga com a verdade antes tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
Se vivermos mais desse amor vamos perceber que é verdade que o amor nunca falhou. E vamos acreditar mais no esposo (a) que diz voltarei me espere que eu te esperarei, não me façam ver as tuas transgressões como se fossem escravos de Jó. Tudo sofra tudo creia, tudo espere, tudo suporte porque em parte conhecemos, mas quando vier o que é perfeito, o que é o é em parte será aniquilado. Se eu te amar na medida em que o amor é medido nosso amor chegará mais longe que este primeiro céu... Quando eu era menino falava como menino, discorria como menino, sentia como menino, mas logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino... Porque se em verdade seguisse com os meus interesses, as minhas meninices, perderia a inocência do amor e deixaria as dúvidas do caminho apagarem com a palavra amor, com o sentido da existência de ser divino. Desacreditaria no mesmo Deus.
Porque agora vemos por espelho em enigma; mas, então veremos Deus face a face. Não mais provaremos o amor pelo outro, pela imagem, mas seremos um na volta do Todo Poderoso. Seremos face á própria face. Seremos o próprio espelho. Não é a toa que quando o amor entre casais é verdadeiro os homens e a mulheres vão se tornando cada vez mais íntimos, chegando o tempo de não sabemos mais quem é quem, parecem que são algo mais forte que a aparência que fala: - São irmãos, filhos de Deus.
Agora, pois não permanece mais a palavra, mas o sentido da palavra amor. Permanece a fé, a esperança, a caridade, estas três... Mas a maior destas é a caridade que nos fez compreender e esperar até aqui...